domingo, novembro 06, 2011

Minitratados: atualizando a lista (e outros a caminho)

Atualizo aqui a lista serial dos minitratados, agregada de mais alguns em relação à lista publicada meses atrás (mais precisamente em Abril de 2011), sendo que tenho dois ou três no pipeline...
Paulo Roberto de Almeida 

Relação cronológica

Atualizada em 5 de Novembro de 2011

Série dos minitratados (até novembro de 2011)

Pouca gente dotada de uma certa familiaridade com a palavra escrita consegue atribuir real importância às reticências, inclusive este cidadão que aqui escreve. Quero falar das reticências stricto sensu, isto é, os famosos três pontinhos ao final de alguma frase ou expressão... (...)
1360. “Mini-tratado das reticências (em defesa de uma inutilidade necessária…)”, Brasília, 28 nov. 2004, 5 p. Argumentos em favor do uso das reticências nas situações de vida. Colocado no Blog Paulo Roberto de Almeida; link: http://paulomre.blogspot.com/2005/12/65-possvel-viver-sem-reticncias.html

Minitratado das entrelinhas (22/01/2009)
Tratados, em geral, costumam ser solenes, como convém aos grandes textos declaratórios, escritos em tom impessoal e devendo refletir alguma realidade objetiva, uma relação entre Estados...
Minitratados, por suposição, deveriam ser versões reduzidas de seus irmãos maiores (...)
1978. “Minitratado das entrelinhas”, Brasília, 22 janeiro 2009, 3 p. Continuidade do exercício anterior sobre as reticências (1360), sob a forma de nova digressão sobre a teoria dos sentimentos morais. Postado no blog Diplomata Z; link: http://diplomataz.blogspot.com/2009/01/14-mini-tratado-das-entrelinhas.html#links

Interrogantes são inerentes à espécie humana, e talvez mesmo a certos primatas. Determinadas escolhas, ou caminhos, nos levam a uma situação de melhor conforto material ou de maior segurança pessoal, sem que, no entanto, saibamos, ou tenhamos certeza, ao início, que aquela opção selecionada é, de fato, a de melhor retorno ou benefício possível. Dúvidas, questionamentos, angústias, em face das possibilidades abertas em nossa existência, são inevitáveis em todas as etapas e circunstâncias da vida. Daí a interrogação, normalmente simbolizada pelo sinal sinuoso que colocamos ao final de certas frases: ? (...)
1988. “Minitratado das interrogações (você tem alguma dúvida a este respeito?)”, Brasília, 8 de março de 2009, 7 p. Continuidade da série dos minitratados, abordando a busca incessante de respostas em face das incertezas da vida. Postado no blog DiplomataZ; http://diplomataz.blogspot.com/2009/03/15-mini-tratado-das-interrogacoes.html#links

O subserviente é aquele que se dobra às conveniências de uma autoridade superior, mesmo quando essa autoridade atua manifestamente em detrimento de seus próprios interesses pessoais; o subserviente prefere submeter-se às inconveniências cometidas por aquela autoridade, e o faz de livre e espontânea vontade, ainda que de modo vergonhoso, a ter de corrigir, mesmo gentilmente, essa mesma autoridade. O subserviente, que também pode ser considerado um sabujo, no sentido estrito, não hesita em desmentir-se, a posteriori, negar declarações suas, previamente tornadas públicas, ou em afastar-se de posições anteriormente assumidas, ou defendidas historicamente, apenas para se conformar à vontade, muitas vezes irracional e inexplicável, dessa mesma autoridade superior. Obviamente, ele não seria subserviente sem essa degradação moral.
2122. “Brevíssimo tratado da subserviência”, Shanghai, 12 março 2010, 2 p. Um raro escrito dedicado a terceiros; homenagem a um personagem por demais presente nos últimos tempos, em várias circunstâncias. Postado no blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1781-brevissimo-tratado-da.html). Reproduzido no blog Coisas Internacionais (“Ler, Refletir e Pensar” 13.03.2010; Mario Machado; link: http://www.coisasinternacionais.com/2010/03/ler-refletir-e-pensar_13.html). Blog DiplomataZ, 5/11/2011; link: http://diplomataz.blogspot.com/2011/11/brevissimo-tratado-da-subserviencia.html

Há muito tempo pretendia escrever um minitratado sobre o anonimato, mais uma peça de relativa inutilidade substantiva, apenas para me distrair e para fazer companhia a meus outros minitratados (um primeiro sobre as reticências, outro sobre as entrelinhas, um terceiro sobre as interrogações, e um adicional, que aliás não sei se já foi terminado, sobre as exclamações). Não se inquietem os curiosos, pois tenho vários outros no pipeline, ou pelo menos nos meus circuitos mentais, e a coleção deve ser enriquecida com algum besteirol gratificante, cuja única função, pelo menos para mim, é servir a meu próprio divertissement intelectual.
2125. “Minúsculo Tratado sobre o Anonimato”, Brasília, 19 março 2010, 3 p. Antecipando sobre um minitratado, um minúsculo, apenas introduzindo o tema. Blog Diplomatizzando (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1886-minusculo-tratado-sobre-o.html); DiplomataZ, 5/11/2011; link: http://diplomataz.blogspot.com/2011/11/minusculo-tratado-do-anonimato-paulo.html

A imaginação não é um simples sentido natural, e sim um ato da vontade, embora não possamos impedir nossa própria consciência de imaginar “coisas”. Mas essas coisas imaginadas são instruídas, orientadas, criadas e administradas por nós, como se fossemos um diretor de cinema ou de teatro, quando eles dizem aos atores como o script deve ser realmente lido e interpretado. (...)
2245. “Minitratado da imaginação”, Brasília, 12 fevereiro 2011, 4 p. Deixando a imaginação correr solta, sonhando acordado. Diplomatizzando, link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/02/minitratado-da-imaginacao-paulo-roberto.html

Não, não quero falar da reencarnação "real", aquela na qual acreditam piamente hindus e tibetanos, pelo menos os religiosos, nisso seguindo, ao que parece, os antigos egípcios, que já não estão mais entre nós para contar como a sua, supostamente rica, experiência nessa matéria. Os primeiros são radicais, capazes até de interromper a construção de um templo por uma minhoca que apareceu no canteiro de obras; afinal, nunca se sabe: pode ser a mãe de alguém. Enfim, se os egípcios ainda nos assustam com múmias de Hollywood, os outros nunca provaram o que afirmam. (...)
2250. “Minitratado da reencarnação”, Brasília, 28 Fevereiro 2011, 4 p. Brincadeiras em torno de um itinerário não muito diferente do que o seguido até aqui. Postado no blog Diplomatizzando, link: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/02/minitratado-da-reencarnacao-paulo.html; Blog DiplomataZ: http://diplomataz.blogspot.com/2011/02/minitratado-da-reencarnacao-paulo.html

Uma improbabilidade é algo que, como o conceito indica, não corre nenhum risco de acontecer; constitui, assim, um não-evento, uma impossibilidade prática. Poucas pessoas, salvo as muito sonhadoras, ficam atrás, ou se colocam em busca, de coisas impossíveis, ou seja, de improbabilidades. Aqueles que o fazem, de verdade, ou sinceramente, costumam ser chamados de utopistas, ou talvez até, dependendo da natureza de seus sonhos, de românticos incuráveis. (...)
2257. “Minitratado das improbabilidades”, Em vôo, São Paulo-Chicago, 16-17/03/2011, 4 páginas. Continuidade da série. Postado no blog Diplomatizzando, http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/03/minitratado-das-improbabilidades.html

O que é um desencontro? Dito simplesmente, é uma defasagem, no tempo ou no espaço, entre dois corpos, cada um seguindo vias próprias e diferenciadas, sem qualquer possibilidade de cruzamento. Para fins deste minitratado, no entanto, o desencontro é um descompasso entre dois sentimentos, um pretendendo resposta e reação, o outro permanecendo desatento ou distraído, o que pressupõe alguma instância de reciprocidade ou linha de cruzamento, mesmo virtual. (...)
2261. “Minitratado dos desencontros”, Curitiba- Brasília, 2 de abril de 2011, 2 p. Continuidade da série, com considerações sobre essas situações de frustração. Blog DiplomataZ, http://diplomataz.blogspot.com/2011/04/minitratado-dos-desencontros-paulo.html e Diplomatizzando: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/04/minitratado-dos-desencontros-paulo.html

10 Minitratado dos reencontros (14/04/2011)
O reencontro pode ser considerado a inflexão da curva de dispersão, ou da linha de divergência, que tinha sido formada, ou que existia, por ocasião do desencontro. Com efeito, o reencontro só se justifica, na maior parte dos casos, após um desencontro ter acontecido, salvo se a separação anterior foi uma obra do acaso, uma contingência inesperada, um acidente de percurso ou seja lá qual fator acidental. (...)
2262. “Minitratado dos reencontros”, Brasília, 14 de abril de 2011, 3 p. Continuidade da série, com considerações sobre essas situações de esperança. Blog DiplomataZ () e Diplomatizzando: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/04/minitratado-dos-reencontros-paulo.html. Série completa publicada em formato de lista no blog Diplomatizzando: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/04/minitratados-um-exercicio-ludico.html

Um amigo meu me escreve para dizer que está sendo perseguido por uma poderosa corporação de ofício; enviou-me seu protesto por escrito: “Sou Réu” (até me forneceu o número do processo). Bem, não vou poder ajudá-lo como eu (ou ele) gostaria, pois não tenho esse poder; aliás, nem sou advogado, o que por acaso me lembra que eu tampouco pertenço, profissionalmente, a qualquer uma dessas poderosas organizações dedicadas a preservar o seu monopólio profissional (e, adicionalmente, a achacar consumidores, como eu e você). Sou apenas da modesta tribo dos sociólogos, não tão poderosa nem tão bem organizada quanto a dos advogados, a dos engenheiros, a dos arquitetos, a dos médicos, a dos economistas e as de muitas outras corporações dedicadas ao fechamento dos mercados, de forma a converter todos os demais cidadãos em seus obrigados clientes (mais propriamente em servos indefesos).
2287. “Minitratado das corporações de ofícios”, Brasília, 9 de julho de 2011, 4 p. Continuidade da série, com considerações sobre esses monopolistas de serviços essenciais. Blog Diplomatizzando: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/07/minitratado-das-corporacoes-de-oficio.html); blog DiplomataZ: http://diplomataz.blogspot.com/2011/07/minitratado-das-corporacoes-de-oficio.html

12 Minitratado do Inusitado (14/08/2011)
O que é o inusitado? Como diz o próprio conceito, trata-se de algo fora do normal, além do padrão costumeiro das coisas, que só ocorre de forma imprevista, em momentos não esperados, como uma surpresa. Diz-se, assim, dos acontecimentos raros, ou mesmo inéditos, que rompem com o processo habitual dos fenômenos correntes, ou de eventos pouco frequentes, que literalmente “caem do céu”, qualquer que seja sua qualidade – boa ou má – e seu impacto circunstancial. Sendo inusitado, sempre haverá um impacto, temporário ou permanente em função de sua intensidade.
2297. “Minitratado do Inusitado”, Brasília, 14 agosto 2011, 3 p. Continuidade da série, com considerações sobre eventos inesperados em nossas vidas. Blogs Diplomatizzando: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/08/minitratado-do-inusitado-paulo-roberto.html; DiplomataZ: http://diplomataz.blogspot.com/2011/08/minitratado-do-inusitado-paulo-roberto.html

O que pode haver de interessante em certas inutilidades burocráticas, tarefas das quais é preciso se desempenhar mesmo sabendo que elas não servem para literalmente nada, apenas para alimentar o próprio processo burocrático? O que poderia significar de produtivo adentrar num roteiro kafkiano, no qual não se sabe sequer para que servem todos aqueles papéis que se movem de um lado a outro para, ao final, não produzir sequer um grama de valor agregado na formação do PIB nacional?
2326. “Minitratado das inutilidades burocráticas”, Brasília, 9 outubro 2011, 4 p. Continuidade da série, com uma perfeita inutilidade em forma de minitratado. Postado nos blogs Diplomatizzando: http://diplomatizzando.blogspot.com/2011/10/minitratado-das-inutilidades.html e no DiplomataZ: http://diplomataz.blogspot.com/2011/10/minitratado-das-inutilidades.html

Seguem:
Minitratado do contrarianismo
Minitratado das renúncias inevitáveis
Minitratado da decadência

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Paulo Roberto de Almeida

Um comentário:

Glauciane Carvalho disse...

Minitratado das causas impossíveis...