Existem duas razões básicas: por excesso de felicidade, ou por excesso de desespero; mais provavelmente a segunda razão do que a primeira.
Almas felizes se deixam inebriar pelo enlevo e podem quedar-se estáticas, na contemplação da própria felicidade, gozando cada momento do nirvana, antes que acabe.
Corações infelizes se interrogam continuamente sobre as razões de seu desespero e daí podem nascer as maiores obras da literatura, na prosa e na poesia.
Poetas são seres desesperados que não deveriam ser deixados sós, mas eles mesmos buscam desesperadamente a solidão.
(Shanghai, 26.08.2010)
PS: Não costumo fazer poesia, tampouco prosa literária.
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2 comentários:
Alguns poetas se afundam na solidão por que ela os alimenta para o sentido real da existência humana. Ferdinand Lassale costumava dizer referindo-se à a existência de uma Constituição Real e Efetiva. Fazendo uma analogia tosca, o poeta também tem o seu momento de realidade por isso se afunda em uma solidão incurável, mas produtiva no que concerne aos seus escritos para anos vindouros.
Deveria escrever poesias e prosas literárias. Iria descobrir que tem talento para isso. Mas caso ache que não tenha, será lamentável pois o Brasil perde um candidato à Academia Brasileira de Letras. Pois conteúdo o senhor tem para isso...apenas um conselho amigo de alguém que muito aprecia seus textos políticos, mas que sinceramente, gostaria de vê-lo desbravando outros horizontes...
É só um conselho...
Cordialmente
Glauciane Carvalho
Oi Glauciane,
Eu tb estimulo o Paulo a dar outros vôos além dos textos acadêmicos. Na nossa temporada na China acho que ele "se inspirou" pois organizei nossas viagens para lugares insólitos, como o deserto de Gobi... Gostei dos seus conselhos!!!
Sou historiadora mas me ocupo de Relatos de Viajantes pois acho os textos "normais" de História muito aborrecidos...
Um abraço,
Carmen Lícia Palazzo de Almeida
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